A profecia de Daniel 9:24‑27 apresenta setenta “semanas” que devem ser entendidas como semanas de anos. O autor de Escatologia Decodificada explica que as setenta semanas começam com a ordem de reconstrução de Jerusalém e se dividem em três períodos: 7 semanas (49 anos), 62 semanas (434 anos) e uma última semana de 7 anos. Somando tudo, chegamos a 70 semanas ou 490 anos.
Após as primeiras 69 semanas, o Messias é revelado e então há um intervalo profético. A última semana — a septuagésima — será marcada por uma aliança que o Anticristo fará com muitos. Na metade dessa semana, ocorrerá a abominação da desolação, quando o culto contínuo será interrompido e o homem da iniquidade profanará o santuário, inaugurando a Grande Tribulação.
Daniel recebeu visões que apontavam para o surgimento de impérios e governantes anticristãos, como Antíoco Epifânio, cuja atuação serve de modelo para entender a futura ação do Anticristo. Ele enganará os que violarem a aliança, mas os que conhecem o seu Deus permanecerão fortes, mesmo enfrentando espada, fogo e cativeiro.
A profecia das setenta semanas revela a soberania de Deus sobre a história e nos ajuda a compreender como a vinda do Messias, a destruição do Templo e a futura Grande Tribulação se encaixam em um único plano. Para o leitor, isso traz consolo e responsabilidade: precisamos discernir os tempos, esperar o cumprimento das Escrituras e permanecer firmes até o fim.